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Deserto do Atacama em flor






Há poucos dias, o Deserto do Atacama, no norte do Chile, um dos lugares mais inóspitos do planeta, se transformou numa imensa pradaria coberta de flores. O fenômeno só acontece a cada 6-7 anos, graças a chuvas de primavera particularmente intensas.


Luis Pellegrini

O Deserto do Atacama é um dos lugares mais mágicos, bonitos e insólitos do mundo. Fui visitá-lo algumas vezes, e sempre me surpreendi com a sua beleza. Mas era sempre uma beleza seca, pois o Atacama, com seus 105 mil quilômetros quadrados de imensidão vazia entre o Chile e o Peru, é regado por uma média de apenas 15 milímetros de chuva ao ano. Isso faz dele um dos lugares mais áridos e inóspitos do planeta. No entanto, até no Atacama, onde areia, rochas e minas de sal são os elementos dominantes, é possível assistir, uma vez a cada 6-7 anos, um milagre da natureza. O céu de repente se enche de nuvens, aguaceiros banham a terra e, alguns dias depois, uma florada espetacular transforma essa paisagem lunar numa colorida pradaria alpina.


Normalmente, esta é a aparência do Deserto do Atacama: seco, desolado, todo tingido com a mais completa paleta dos ocres, amarelos e marrons.


O mérito pertence às precipitações do início da primavera, que periodicamente se manifestam com excepcional abundância e permitem, naquelas raras ocasiões, que as sementes de mais de 200 espécies de flores desabrochem ao mesmo tempo, como se tocadas por alguma varinha mágica.

Este ano, o espetáculo da florada do Atacama se manifestou com muita antecipação e atraiu ao deserto milhares de turistas armados com celulares e máquinas fotográficas.

A florada deste ano é excepcional não apenas pelo período anômalo em que ocorre, mas porque segue a menos de 24 meses a florada precedente, que aconteceu em 2015. Confira abaixo uma pequena galeria de fotos dessa florada, e não deixe de ver o belo vídeo que encerra a matéria. Para viajar Nas Asas do Tempo – a nova rubrica deste site.


GALERIA:


Video: Atacama em flor (Ver de preferência em tela cheia)





Postado em Brasil 247 em 29/08/2017


No plástico, o fim dos desertos?







Árvores de plástico podem acabar com os desertos, transformando-os em áreas de abundante vegetação natural… Pelo menos é o que afirma o engenheiro espanhol Antonio Ibañez de Alba, idealizador do sistema que deve causar a formidável mudança.


O processo começa pelo plantio, na borda do deserto, de palmeiras de plástico (poliuretano) capazes de absorver a água que se forma à noite, quando a temperatura cai muito e parte da umidade do ar se condensa sob a forma de gotinhas de água.

Essas gotinhas são absorvidas pelas folhas de poliuretano e levadas até o centro do tronco das palmeiras, que funciona como um reservatório.

As raízes das palmeiras, também de poliuretano, têm função semelhante: absorvem as gotinhas que chegam ao solo e as conduzem até o reservatório.

Durante o dia, o vapor desa água, liberado pelas folhas, eleva a umidade do ar. E a sombra das palmeiras de plástico diminui a temperatura da área.

Alguns meses depois, o aumento da umidade e a diminuição da temperatura permitem que nuvens penetrem na região.

Como a copa dessas árvores de plástico é branca, a luz do sol se reflete nas folhas delas e atinge as nuvens, o que favorece a ocorrência de chuvas.

Nessa fase, são plantados pequenos arbustos naturais à sombra das almeiras de plástico. À medida que a vegetação verdadeira se desenvolve, as palmeiras artificiais são arrancadas e replantadas mais adiante.

Em pouco tempo, pelo menos em teoria, o deserto acaba desaparecendo. A Austrália, Argélia e Arábia já demonstraram interesse no projeto.

Postado no Blog Reporter Net em 09/03/2012