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Em curso um golpe antijurídico para salvar a parcialidade de Moro. Por Lenio Streck


Sérgio Moro e Lenio Streck


Publicado originalmente no site Consultor Jurídico (ConJur)


LENIO LUIZ STRECK

Este texto poderia ter apenas algumas linhas. Elas comprovam o lawfare. O uso político-estratégico do Direito pela Lava Jato.

Leiamos a matéria da ConJur que se mostra fiel aos fatos ocorridos nos dias da prisão de Lula (aqui):

No dia 7 de abril de 2018, a procuradora Lívia Tinoco, diretora cultural da Associação Nacional dos Procuradores, parafraseava o ex-presidente Lula, que, antes de se entregar para ser levado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula disse: “Fico imaginando o tesão da Veja colocando a capa comigo preso. Eu fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos”.

Tinoco então escreve em um grupo com procuradores, a sua versão parafraseada:

TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem um sonho: que Lula não seja candidato em 2018 […] E o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele [Lula] preso para terem um orgasmo múltiplo, para ter tesão”.

(…)
 
“Língua felina [ferina]! tomou umas no churras e ainda não passou. Bebeu nada. Tá espertão. Disse que vai cumprir o mandado. Sim. Vai se entregar. Falando que não tem mais idade para pedir asilo”.

Poderia parar. Todas mensagens reveladas por autorização do STF são autoexplicativas.

Mas, por dever de professor, advogado e ex-procurador de Justiça, sigo. Para dizer que li, estarrecido que:

“Ganha corpo no meio jurídico tese alternativa capaz de cravar a suspeição de Sergio Moro, porém sem devolver os direitos políticos a Luiz Inácio Lula da Silva. No STF, por exemplo, alguns ministros entendem que, pelo fato de a condenação do ex-presidente no caso do sítio em Atibaia ter sido assinada pela juíza Gabriela Hardt, a eventual suspeição do ex-juiz da Lava Jato não anularia esse veredicto, apesar de Moro ter tocado parte do processo: Lula permaneceria barrado das eleições. O caso deve ser julgado ainda neste semestre no Supremo.”

Sim, li isso na Coluna do Estadão. A questão é que não se trata de uma “tese alternativa” no “meio jurídico”. Trata-se de uma “tese” política. Simples assim. Há que ser direto. Cada coisa tem um nome.

Essa pretensa “tese alternativa” (sic) não passa de um puxadinho hermenêutico que rebaixa o Direito à política. Coloca o Direito na segunda divisão. Se fizerem isso, abriremos mão de qualquer ideia de institucionalidade.

Por quê? Ora, não sou ingênuo. Porque é Lula (lembremos da fala da procuradora Lívia Tinoco). É óbvio. O problema? Para o Direito, não deve importar quem é o réu. Esse é o grande ponto. Dizem que aqueles que se opõem à conduta antijurídica de Moro “defendem Lula”. Ora, quem “luliza” a questão é justamente quem dá um jeito de defender o que fez o juiz Moro. Ou de deturpar princípios básicos que fazem o Direito ser o que é, para dar uma volta toda e achar uma “solução” que não desagrada os politiqueiros — sob pena de não solucionar nada.

O que estão tentando fazer é enterrar o processo penal. Bom, se pensarmos bem, parte da dogmática processual penal brasileira (hoje tomada por facilitações e discursos prêt-à-porter) nunca se preocupou, mesmo, com as garantias. Nas faculdades não se ensina processo penal. Ensina-se uma péssima teoria politica de poder. As faculdades formam pessoas que, fossem da área médica, fariam passeatas contra vacinas e contra antibióticos. Aliás, nunca foram formados tantos reacionários e fascistas nas faculdades de Direito como nos últimos quinze anos.

Se vingar a “tese alternativa” (sic), as garantias constitucionais podem ser dispensadas. Parcialidade já não é parcialidade. Querem cindir o momento da produção daquele pertinente à avaliação da prova. Ora, respondo: um juiz suspeito, parcial, que articulou com a acusação a condenação de réus, contamina todo o processo.

Ora, é bom que os adeptos da tese do “puxadinho” saibam que a questão é bem mais complexa em termos processuais:

(i) Todas as mensagens mostram que houve conluio entre juiz e acusação. Isso está cravado, para usar a linguagem do Estadão.

(ii) Assim, se o juiz se fez de acusador, já na própria investigação feita pelo MPF existe uma ilicitude originária.

(iii) Isto porque tanto a investigação como a denúncia e a instrução processual (esta presidida por Moro) são nulas, írritas.

(iv) Não há puxadinho que resolva, com ou sem a juíza Hardt.

(v) E não se diga que as mensagens são produto de prova ilícita. A uma, o ministro Lewandowski já falou que foram periciadas; a duas, porque mesmo ilícitas, ainda assim podem ser utilizadas a favor da defesa, como se aprende em qualquer faculdade, mesmo nessas que formam reacionários.

A tese do “puxadinho”, baseada, segundo a coluna do Estadão, no fato de que foi uma juíza quem condenou — no caso do sítio de Atibaia — com base nas provas de outro juiz e que, por isso, haveria dois tipos de análise, é processualmente inconsistente e inconstitucional. Quer dizer, se entendi bem, se um juiz faz de tudo durante a investigação do MP e continua fazendo na ação penal, combinando prova com a acusação e quebrando acordos internacionais (para dizer pouco), basta que, depois, venha outro e prolate a sentença, copiando, inclusive a do antecessor? É isso mesmo?

Vamos falar a sério. Judge Moro’s bias: let’s take it seriously, para imitar o título de um livro de Dworkin, Taking Rights Seriously. E vamos levar a sério isso que estou dizendo sobre levar a sério o Direito. Quem pensa que o Direito não vale nada e que é só uma instrumentalidade, peço que pense no futuro. E, quem sabe, possa dar uma chance ao rule of law. Um rule of law de verdade e não o “rollo off law” praticado pelo juiz Moro.

Numa palavra: não dá para salvar o insalvável.

POST SCRIPTUM: De como o procurador Dallagnol confessa que o processo foi político! E chama garantias de “filigranas”!

Vamos falar a sério? O acusador chama o réu, desdenhosamente de “nove”, fazendo alusão ao dedo do réu que foi cortado em acidente de trabalho. Normal?

Juiz e acusadores fazem parte de um grupo de discussão; o juiz informa que decretou prisão temporária de um réu e que para a preventiva precisa melhorar. Normal?

Um procurador diz que o vazamento das conversas de Lula e Dilma eram ilícitas (Andrey Mendonça); Dallagnol diz: isso é filigrana dentro do contexto maior que é política (sic); outro procurador, Januário, também diz que que contestar o vazamento é “filigrana”. Normal?

O grupo de discussão era tão unido que o juiz pergunta ao procurador DD se não era caso de pedir à Ajufe fazer nota oficial. Normal?

E tem mais. Muito mais. Muito mais. A mensagem transcrita no início deste artigo, de responsabilidade da procuradora Lívia, nada mais faz do que dar o tom do imaginário força tarefa e operação lava jato. Parcialidade na veia.

Registro importante: tudo o que falei aqui é material periciado. Portanto, é oficial, é verdadeiro. Deveria haver uma tarja nesse dossiê: “É expressamente proibido mostrar este material para professores de processo, constitucionalistas e estudantes de direito”.

E bula: Se persistirem os sintomas, a Constituição deverá ser consultada!





Lenio Streck

Lenio Luiz Streck é um jurista brasileiro, conhecido principalmente por seus trabalhos voltados à filosofia do direito e à hermenêutica jurídica. É professor dos cursos de pós-graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e atua como advogado. Wikipédia









Em curso um golpe antijurídico para salvar a parcialidade de Moro. Por Lenio Streck


Sérgio Moro e Lenio Streck


Publicado originalmente no site Consultor Jurídico (ConJur)


LENIO LUIZ STRECK

Este texto poderia ter apenas algumas linhas. Elas comprovam o lawfare. O uso político-estratégico do Direito pela Lava Jato.

Leiamos a matéria da ConJur que se mostra fiel aos fatos ocorridos nos dias da prisão de Lula (aqui):

No dia 7 de abril de 2018, a procuradora Lívia Tinoco, diretora cultural da Associação Nacional dos Procuradores, parafraseava o ex-presidente Lula, que, antes de se entregar para ser levado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula disse: “Fico imaginando o tesão da Veja colocando a capa comigo preso. Eu fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos”.

Tinoco então escreve em um grupo com procuradores, a sua versão parafraseada:

TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem um sonho: que Lula não seja candidato em 2018 […] E o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele [Lula] preso para terem um orgasmo múltiplo, para ter tesão”.

(…)
 
“Língua felina [ferina]! tomou umas no churras e ainda não passou. Bebeu nada. Tá espertão. Disse que vai cumprir o mandado. Sim. Vai se entregar. Falando que não tem mais idade para pedir asilo”.

Poderia parar. Todas mensagens reveladas por autorização do STF são autoexplicativas.

Mas, por dever de professor, advogado e ex-procurador de Justiça, sigo. Para dizer que li, estarrecido que:

Lula estava certo em lutar até o fim para provar sua inocência. Por Ricardo Kotscho



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Publicado originalmente no Balaio do Kotscho

“Não troco minha liberdade pela minha dignidade”, repetiu Lula mil vezes a todos os que o visitavam na cela, desde que foi condenado e preso sem provas, em abril do ano passado, pela dupla Moro & Dallagnol.

Em nenhum momento o ex-presidente fraquejou nesta determinação férrea de provar sua inocência, nem mesmo quando foi impedido de disputar uma eleição praticamente ganha.

Só poderia duvidar disso quem não conhece o caráter deste sertanejo teimoso, que saiu dos fundões do nordeste num pau-de-arara, para se eleger primeiro presidente operário da nossa historia.

Para Lula, provar que a Justiça cometeu um crime ao condená-lo, com base em convicções, “provas indiretas” e matérias de jornal, era mais importante do que voltar a ser presidente.

As revelações feitas pelas reportagens do site The Intercept neste final de semana apenas confirmam o que Lula e seus advogados vinham falando desde o começo desta farsa judicial, e todo mundo já sabia, até o papa Francisco:

O ex-juiz Sergio Moro e o procurador federal Dalton Dallagnol se uniram, não para acabar com a corrupção, mas para acabar com Lula, o PT, a soberania nacional e as grandes empresas do país, a serviço de interesses econômicos e políticos daqui e de fora, como Bolsonaro está deixando mais claro a cada dia.

O principal objetivo foi alcançado: tirar Lula da campanha presidencial de 2018, mas a Operação Lava-Jato, que se achava acima das leis e da Constituição, com o apoio da mídia e do STF, deixou tantos rastros que agora todo o processo, como a própria eleição, podem ser anulados.

Com Lula preso, está em andamento o processo de destruição das conquistas sociais e dos direitos dos trabalhadores, e a entrega do pré-sal e da Amazônia a empresas privadas.

Os inacreditáveis diálogos entre Moro, Dallagnol e outros procuradores não deixam a menor dúvida desta armação, em que o ex-juiz foi ao mesmo tempo investigador e assistente da acusação, num processo contaminado desde o início, com o grampo nos telefones de Lula e Dilma, sem que as cortes superiores tomassem qualquer providência.

Por não ter nenhuma ligação com a Petrobras, o alvo da Lava-Jato, o processo do triplex do Guarujá, em São Paulo, não poderia jamais ter ficado nas mãos de Moro em Curitiba.

Numa das conversas com Moro, Dallagnol digitou com todas as letras:

“Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e enriquecimento, e depois que me falaram tô com receio também da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”.

Tranquilizado por Moro, quatro dias depois destes receios, Dallagnol apresentou o famoso PowerPoint para acusar o “esquema criminoso do PT”, que serviu para a condenação adrede preparada pelo ex-juiz, agora ministro da Justiça de Bolsonaro.

Em outro trecho da denúncia é reproduzida esta mensagem de Dallagonol, que não deixa dúvidas sobre as “provas” da acusação:

“Tesão demais esta matéria de O Globo de 2010. Vou dar um beijo em quem de vocês achou isso”.

Assim foi montada a farsa dos grandes “heróis nacionais” para condenar o melhor presidente da República da história, e que era favorito para voltar ao cargo, segundo todas as pesquisas.

Com toda razão, o Comitê Nacional Lula Livre divulgou nota nesta segunda-feira exigindo das cortes superiores “a imediata libertação e o pleno reconhecimento da inocência” de Lula.

Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos maiores criminalistas do país, expressou em nota o que a maioria dos juristas manifestou após a divulgação da reportagem do site Intercept:

“É necessária uma investigação profunda para saber se havia uma organização criminosa tentando usar a estrutura do Poder Judiciário em proveito próprio e com fins políticos. O Brasil precisa e merece saber a verdade. O Judiciário está sob suspeita”.

Para saber a verdade, recomendo a leitura na íntegra dos diálogos entre Moro e Dallagnol , reproduzidos pelo site na internet.

Flávio Dino, governador do Maranhão, foi direto ao ponto: “Moro é suspeito e todos os seus atos são nulos”.

Resta saber se agora, finalmente, o Supremo Tribunal Federal vai colocar na pauta o processo que mudou os rumos políticos do país e até hoje deixa na cadeia um ex-presidente, que não desiste nunca de provar sua inocência.

Vida que segue.









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A construção do caos e a vida de Lula







Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso

O STF ficou do tamanho que sempre foi antes de ser o foco dos holofotes. Não há nada de novo nesta casa que historicamente tem servido apenas para legitimar o arbítrio dos ricos contra os pobres. Negar o seu próprio papel através da omissão, ao dar poderes de prisão a partir da condenação em segunda instância, é apenas uma reafirmação disso. Mais ainda quando o processo é nulo, cheio de arbitrariedades. É o mesmo que atestar a inutilidade desta instituição, visivelmente rendida à Rede Globo e ao capital financeiro.

Observar Honduras e Paraguai, com a mesma Embaixadora dos EUA – Liliana Ayalde, não foi suficiente para que no Brasil houvesse uma vacina contra esse mesmo modelo de golpe, forjado sob argumentos pífios. Leis foram criadas para fortalecer instituições já cooptadas pelos donos do dinheiro. A outorga de poderes que desafiavam a própria democracia viraram leis, e agora legitimam os abusos.

O acatamento da “lista tríplice” de nomes para a PGR e o STF foi outro erro. Gilmar Mendes, herança nada republicana deixada por FHC, já era um exemplo de que o republicanismo deveria ser visto como algo a ser aplicado em uma república séria, não no caso do Brasil. Cinco dos atuais juízes do STF resultaram deste critério infeliz. Na PGR, Rodrigo Janot ratificara esta infelicidade. O excesso de poder ao Judiciário arruinou o sonhado respeito à República.

O cenário previsto pela CIA em um vídeo amplamente divulgado na internet em 2016, deixava claro que o caos nos países é a nova estratégia de atuação dos EUA nos alvos escolhidos para o ataque. Manipular processos democráticos e impedir candidaturas populares são etapas seguintes desta invasão silenciosa.

Para os EUA sempre haverá tolerância aos crimes de guerra, como aqueles vistos no Iraque e na Líbia, por exemplo, com flagrantes violações dos direitos humanos. Mas quando os ataques e saques são contra “nações amigas”, a exemplo do Brasil, ocorre uma sofisticada estratégia de invasão que tem sido chamada de guerra híbrida. No caso brasileiro a principal ação de sombra é o uso da chantagem a autoridades – e.g., políticos, juízes, procuradors – cujas vidas são esquadrinhadas. Suspeitas de corrupção, a permanecer – ou não – como dossiês não publicados, são utilizadas como forma de força-los a entregar o próprio país.

No lugar de bombas, drones e tiros, representantes de diferentes instituições foram sequestrados ou cooptados pelo capital financeiro transnacional, que instrumentaliza o aparato dos serviços de inteligência do Império Anglo. Em resposta, entregam as nossas riquezas, destroem a soberania nacional e o Estado social.

A Lava Jato, liderada pelo juiz Sérgio Moro, foi projetada para destruir o Brasil. Contou com a subserviência antinacional da imprensa. A destruição (nada) “criativa” do capitalismo brasileiro era, inclusive, apresentada pela mídia como algo “positivo”. O tempo, suficiente para o cumprimento da missão, revelou que não passava de mais uma farsa do Império. Uma ferramenta de destruição econômica que, na política local (e também em outros países da América Latina), serviu ainda como meio de perseguição aos desafetos da elite local, aliada aos invasores. Sempre no intento de acabar com qualquer possibilidade de reconstrução de um país ou sociedade civil organizada.

É uma guerra imposta ao povo e que só é percebida quando todos os mecanismos de defesa já estão destruídos. Lula é a última barreira para a consumação da terra arrasada. Impedi-lo de ser candidato, solto, já não mais satisfaz, dada a influência que conservaria. Mais que isso, a própria prisão não é, de acordo com a Lei (a ressalva se faz necessária), certeza do seu impedimento.

Querem, portanto, a morte desse líder popular!

Lula precisa do apoio de todos, não apenas de militantes do PT, como erroneamente tem sido divulgado nas redes sociais. Lula é um patrimônio do povo brasileiro. O mundo precisa saber o que verdadeiramente acontece no Brasil. Lula precisa romper seu “cordão de conselheiros”. E gritar para todos a partir das dependências de uma embaixada capaz de resistir à pressão imperial – que virá.

Ao optar por este caminho, terá a oportunidade de fazer a sua campanha através de telões espalhados em todo o país, simultaneamente. Conversará com o povo, denunciando ao mundo os absurdos vividos no Brasil. Assange e Snowden fizeram isso e estão vivos. Conservam o respeito que adquiriram. Já passou da hora de parar de fingir que o inimigo é apenas interno!

O Brasil não pode ser menos importante do que as biografias de Dilma e Lula. A primeira não evitou o golpe; o segundo precisa entender que não será um novo Mandela. A tão negligenciada politização da sociedade ocorrerá de forma intensiva, quase à fórceps. Qualquer governo eleito sem o direito do povo escolher Lula, irá sucumbir em poucos meses. Vivo, Lula é uma ameaça ao êxito do golpe.

Todos por Lula.

E Lula por todos.


Postado em Duplo Expresso em 12/03/2018









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Lançamento de A verdade Vencerá : o povo sabe por que me condenam, do 

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 


No dia 16 de março de 2018, Lula participa de ato de lançamento de seu livro A verdade vencerá : o povo sabe por que me condenam (Boitempo) em São Paulo.

Aberto e gratuito ao público em geral, o evento contará também com a presença (a confirmar) de Luis Fernando Verissimo, Juca Kfouri, Maria Inês Nassif, Eric Nepomuceno, Luiz Felipe de Alencastro, Gilberto Maringoni, Luis Felipe Miguel, Camilo Vannuchi, Mauro Lopes, Ivana Jinkings e Rafael Valim, todos colaboradores do livro.

" Não fui eleito para virar o que eles são, eu fui eleito para ser quem eu sou. Tenho orgulho de ter sabido viver do outro lado sem esquecer quem eu era."
– Luiz Inácio Lula da Silva -


18h
Sindicato dos Químicos de São Paulo
Rua Tamandaré, 348, Liberdade | São Paulo, SP
Entrada gratuita e aberta ao público em geral.


Às vésperas do desfecho de uma guerra jurídica sem precedentes chega às livrarias o livro A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O lançamento se situa em um momento crucial da vida de um dos maiores políticos da história brasileira, na virada de fevereiro para março de 2018, enquanto o país aguarda a decisão do Poder Judiciário sobre sua prisão em decorrência da perseguição movida pela operação Lava Jato.

O coração da obra são as 124 páginas, de um total de 216, que apresentam um retrato fiel do ex-presidente no presente contexto em formato de uma longa entrevista concedida aos jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, ao professor de relações internacionais Gilberto Maringoni e à editora Ivana Jinkings, fundadora e diretora da editora Boitempo. Foram horas de conversa aberta e sem temas proibidos, divididas em três rodadas, que aconteceram no Instituto Lula, em São Paulo, nos dias 7, 15 e 28 de fevereiro.

Entre os principais temas discutidos, ganha destaque a análise inédita do ex-presidente sobre os bastidores políticos dos últimos anos e o que levou o Partido dos Trabalhadores a perder o poder após a reeleição de Dilma Rousseff. Lula também fala sobre as eleições de 2018 e suas perspectivas e esperanças para o País.

Organizada por Ivana Jinkings, com a colaboração de Gilberto Maringoni, Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, a obra traz ainda textos de Eric Nepomuceno, Luis Fernando Verissimo, Luis Felipe Miguel e Rafael Valim. Além disso, a edição é acrescida de uma cronologia da vida de Lula, organizada pelo jornalista Camilo Vannuchi, texto de capa do historiador Luiz Felipe de Alencastro e dois cadernos com fotos históricas, dos tempos no sindicato à presidência, passando pelas recentes caravanas e manifestações de rua.

A verdade Vencerá: o povo sabe por que me condenam estará disponível em livrarias de todo o Brasil a partir do 16 de março de 2018. O evento de lançamento acontecerá na mesma data, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




O povo sabe . . .



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Está acontecendo algo de muito podre no Brasil !



Tio Sam agora dá Golpe dentro da Lei
Sérgio Moro trabalha há 3 anos a favor dos interesses americanos e para destruir o Ex-Presidente Lula.

" Não tem Golpe nos EUA porque lá não tem embaixada americana "
 J. Assange





























Da condenação canalha de Lula às labaredas da chama que não se apaga !



















O golpe final na nossa Democracia : condenação de Lula pelo TRF4

























“Gente, onde está a moral? Quando um juiz viola as leis do próprio país, quando ele posa com políticos suspeitos de corrupção e fere os direitos básicos de um cidadão. Cadê a seriedade? Quando o Ministério Público monta um circo midiático, faz acusações graves sem apresentar nenhum fato, só por pura convicção. Cadê a coerência? Quando a Justiça se nega a aceitar a perícia dos documentos que comprovam a inocência de uma pessoa. Cadê a verdade? Quando a mídia manipula notícias, inventa manchetes e coloca os brasileiros contra o homem que mais fez pela nação. Agora, mesmo depois de tantas ilegalidades, você ainda acredita que o Lula é culpado? Eu te pergunto: cadê a prova contra Lula?”, diz o vídeo protagonizado pelos artistas (assista a seguir).








NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI  




Assim como a criança humildemente afaga

a imagem do herói, 

assim me aproximo de ti, Maiakóvski. 

Não importa o que me possa acontecer 

por andar ombro a ombro 

com um poeta soviético. 

Lendo teus versos, 

aprendi a ter coragem. 

Tu sabes, 

conheces melhor do que eu 

a velha história. 


" Na primeira noite eles se aproximam 

e roubam uma flor

do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na Segunda noite, já não se escondem: 

pisam as flores, 

matam nosso cão, 

e não dizemos nada. 

Até que um dia, 

o mais frágil deles 

entra sozinho em nossa casa, 

rouba-nos a luz, e, 

conhecendo nosso medo, 

arranca-nos a voz da garganta. 

E já não podemos dizer nada."


Nos dias que correm 

a ninguém é dado 

repousar a cabeça 

alheia ao terror. 

Os humildes baixam a cerviz; 

e nós, que não temos pacto algum 

com os senhores do mundo, 

por temor nos calamos. 

No silêncio de meu quarto 

a ousadia me afogueia as faces 

e eu fantasio um levante; 

mas amanhã, 

diante do juiz, 

talvez meus lábios 

calem a verdade 

como um foco de germes 

capaz de me destruir. 


Olho ao redor 

e o que vejo 

e acabo por repetir 

são mentiras. 

Mal sabe a criança dizer mãe 

e a propaganda lhe destrói a consciência. 

A mim, quase me arrastam 

pela gola do paletó 

à porta do templo 

e me pedem que aguarde 

até que a Democracia 

se digne a aparecer no balcão. 

Mas eu sei, 

porque não estou amedrontado 

a ponto de cegar, que ela tem uma espada 

a lhe espetar as costelas 

e o riso que nos mostra 

é uma tênue cortina 

lançada sobre os arsenais. 


Vamos ao campo 

e não os vemos ao nosso lado, 

no plantio. 

Mas ao tempo da colheita 

lá estão 

e acabam por nos roubar 

até o último grão de trigo. 

Dizem-nos que de nós emana o poder 

mas sempre o temos contra nós. 

Dizem-nos que é preciso 

defender nossos lares 

mas se nos rebelamos contra a opressão 

é sobre nós que marcham os soldados. 


E por temor eu me calo, 

por temor aceito a condição 

de falso democrata 

e rotulo meus gestos 

com a palavra liberdade, 

procurando, num sorriso, 

esconder minha dor 

diante de meus superiores. 

Mas dentro de mim, 

com a potência de um milhão de vozes, 

o coração grita - MENTIRA !


Autor : Eduardo Alves da Costa



Luta por Lula e por Democracia em Porto Alegre : em imagens





























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O julgamento de Lula e a luta de classes




Lula reforçou que sairá candidato e pediu apoio nas ruas, em ato em Porto Alegre, na véspera de seu julgamento  -  23/01/2018






Porto Alegre hoje 23 de Janeiro de 2018 : palco mundial da luta por Lula e por Democracia !




















Apocalypse Now em Porto Alegre
















Vídeo : Joaquim de Carvalho e Zambarda contam como será a cobertura do DCM do julgamento de Lula em Porto Alegre



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A condenação de Lula desmoralizará o Judiciário brasileiro



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Acima estão os 3 juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região ( Porto Alegre - Rio Grande do Sul ) que poderão confirmar, ou não, a condenação, sem provas, imposta por Sérgio Moro ao Ex-Presidente Lula, com o claro objetivo de tirá-lo da disputa nas próximas eleições de 2018.

Seus nomes, provavelmente, serão esquecidos, mas o Caso Lula será lembrado e estudado nos Cursos de Direito como um exemplo infame de como não se deve praticar a Justiça.  



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Família do Presidente do TRF-4, que julgará Lula, já mata os “da Silva” desde Canudos !



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Romulus Maya

E passando, com destaque, pelos anos de chumbo da ditadura civil-militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. A família Thompson Flores foi, então, agraciada pelo regime com uma vaga no STF, bem como com a prefeitura, “biônica”, de Porto Alegre.
Como vemos, a família Thompson Flores tem expertise em arbítrio, violação de direitos humanos, genocídio de pobres e, principalmente, conchavos com o poder.
Mas, mais importante do que tudo isso, a família do Presidente do TRF-4 é mestra no mascaramento da barbárie com o mais farsesco formalismo jurídico!
Notem: está no DNA da família!
Na mão dos Thompson Flores, “as instituições estão funcionando normalmente” (sic) no Brasil…
– … desde Canudos!
A Globo e a “meritocracia”… hereditária (!)

“ Thompson Flores ”…
Uma daquelas dinastias “meritocráticas” (aspas!) judiciárias, sabe…
Daquelas em que o… hmmm… “mérito”, digamos, passa de pai pra filho…
(às vezes filha também: Isabel Gallotti, Mariana Fux, (filha do MA) Mello, etc.)
Geração após geração…
antepassado desse aí foi nomeado por Costa e Silva – da linha mais dura da ditadura militar – para o STF. Presidiu o Tribunal no final dos anos 70, inclusive.
De onde se vê que a convergência ideológico-patrimonialista das famílias Marinho e Thompson Flores é antiga…
Globo e “juristocrata” unidos para dizer que o arbítrio é… “perfeitamente legal” (!)
Ontem e hoje!
Fiz logo a relação porque o sobrenome “Thompson Flores” não me era estranho. Já vira antes, na pós-graduação em direito internacional, acórdãos antigos do STF com “Thompson Flores” – o vovô de chumbo – como relator.
Mas isso não é tudo: o “mérito” já corre nas veias da família desde o Império!
Haja… hmmm… “talento”, digamos nessa família!
Darwin ficaria boquiaberto…
Teria até de reformular a sua teoria da evolução, talvez (!)
Sim, porque, vendo isso, Darwin obviamente concluiria que também há reprodução por brotamento na espécie humana (!):
– Filhos com as mesmas… hmmm… “aptidões”, digamos – e “mérito” (aspas!), dos pais!
Geração após geração…
Desde o século XIX!
Aliás…
Será que, na sua passagem pelo Brasil, Darwin, a bordo do HMS Beagle, conheceu o patriarca Thompson Flores?
O “juristocrata original” – tetravô do atual?





Na verdade, segundo o relato de Euclides da Cunha – Euclides da Cunha, minha gente! – a família Thompson Flores já vem descendo chumbo nos “da Silva” da vida (como Lula) desde…

– … Canudos!



3/3/2015

MIGALHAS

(…) Mas isso é apenas uma observação que não deslustra a reconhecida e festejada cultura do desembargador Thompson Flores, muito menos sua história. Com efeito, estamos a falar do trineto do Coronel Thompson Flores, que morreu na Guerra de Canudos, conforme nos informa o migalheiro Euclides da Cunha, e do neto do falecido ministro do STF Carlos Thompson Flores, que chegou à presidência da Corte, quando então foi saudado pelo colega Djaci Falcão, que vem a ser ninguém menos do que o saudoso pai do presidente do STJ, Francisco Falcão.


Prefeitura “biônica” de Porto Alegre:






**Nota** – leitora alerta para o fato de que o Desembargador do JN não usa o sobrenome do pai – “Lenz” – porque a linhagem “juristocrático-darwiniana” Thompson Flores, “ilustre”, é a da mãe.

É ou não é a cara da elite jeca e pedante brasileira?

Escolher para “nome de guerra” aquele que confere mais status?





Por Kiko Nogueira

13 de julho de 2017

DCM

Carlos Eduardo Thompson, presidente do TRF-4, estreia no Jornal Nacional

Assim como fez com Sergio Moro, seu torquemada de casa, a Globo está cuidando agora de domesticar e pressionar o Tribunal Regional da 4ª Região (Sul) no sentido de terminar o serviço contra Lula.

O Jornal Nacional dedicou boa parte de sua edição de quinta, dia 13 de julho, para explicar como opera o tribunal que pode tornar Lula inelegível.

A matéria era parte didatismo, parte wishful thinking. No subtexto, o repórter falava ao espectador “se Deus quiser, o destino do vagabundo será selado por estes guerreiros”.

Imagens do interior daquela corte e closes dos desembargadores João Pedro Gebran, Leonardo Paulsen e Victor Luiz Laus ilustravam a trama.

Num determinado momento, entrou ele, Carlos Eduardo Thompson, presidente do TRF-4, asseado, um retrato em aquarela ao fundo de algum medalhão, o cabelo emplastrado de brilhantina, fino, elegante, enquadrado com carinho pela câmera, declarando o que a emissora queria ouvir: até agosto de 2018, antes da eleição, o processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e seis meses de cadeia estará julgado em segunda instância.

A pedidos, Thompson foi além: deu sua opinião sobre a sentença do Homem de Maringá. “Olha! Muito bem trabalhada!”, cravou, a mão direita reforçando o ponto. Ironizou em seguida o fato de Lula ter criticado a ação.

Ou seja, tudo no script.

Daqui em diante, Thompson e seus amigos serão presença constante em todos os veículos do grupo. Será convidado dos programas de entrevistas (o de Roberto D’ávila é batata; Bial, o cretino fundamental, em seguida).

Eventualmente, ganhará algum prêmio do tipo “Faz Diferença” ou uma patacoada dessas.

Como a Globo pauta o resto da mídia preguiçosa, serão abertas as portas da fama para Thompson e companheiros.

Conheceremos sua casa, seus familiares, seus pets e hobbies — e seu rigor no trabalho, bem como a competência.

Desembargador Thompson Flores e o excesso dos seus floreios cênicos


Por Wilson Roberto Vieira Ferreira

sexta-feira, julho 14, 2017

CINEGNOSE


O magistrado canastrão

Ato contínuo, a máquina retórica de destruição da Globo volta seus canhões para o TRF-4 (Tribunal Regional da 4a. Região – Sul), instância que julgará o recurso dos advogados de Lula. Agora, sob a forma de intimidação. Seguido pelo restante da grande mídia, o Jornal Nacional dedicou grande parte da sua edição do dia 13 de julho para expor os rostos e os nomes dos desembargadores. Algo assim como os cartazes de “Procurados” dos velhos filmes de western.

E uma entrevista com o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson, com todos os signos saturados da canastrice televisual – com a câmera enquadrando ao fundo a bandeira nacional e um quadro em aquarela de um respeitável juiz togado, um martelo de juiz pousado sobre um grosso livro, cabelo emplastrado de brilhantina, uma calma estudada e sobrancelhas levantadas em soberba por posar confortavelmente em uma grande poltrona ao lado de uma estátua de bronze em clássica pose de saudação e Poder, tudo em rede nacional.




A canastrice: saturação de signos em um enquadramento cenografado

Signos saturados que conotam moderação, bom-senso, juízo, discernimento, propriedade. Mas, ao mesmo tempo, gestual com dedo em riste como que apontando para o futuro (assim como a estátua de bronze), dando uma mensagem também de força e dureza. Um enquadramento de câmera e composição de objetos de cena tão canastríssimos que parece visivelmente roteirizado, cenografado e com marcações de cena.

Na Semiótica qualquer enunciado com tanta sobre-codificação (muitos repetição de signos para construir uma única significação) denota intencionalidade por trás da conotação.

Temos, portanto, em rede nacional a construção da mitologia do “bom-senso”, uma construção semiótica que legitima toda a atual judicialização da Política na qual juízes e procuradores se tornam os maiores protagonistas dos destinos políticos e econômico do País.



Postado em Duplo Expresso em 11/01/2018





Nota

Alguém acha, ainda, que o Ex-Presidente Lula da Silva será inocentado pelo TRF-4 com base nas leis vigentes, nas testemunhas e nas provas que o inocentam ?

Só se houver uma reviravolta muito grande neste Estado de Exceção que se instalou no país após o Golpe de 2016 !

Os responsáveis, nacionais e internacionais, pelo Golpe de 2016 não permitirão que Lula da Silva seja candidato nas eleições de 2018 !

E para isto contaram com a condenação imputada por Sérgio Moro em 1ª Instância e contam com a confirmação desta condenação pelo TRF-4.