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A guerra primitiva dos paulistanos contra a bicicleta e contra o progresso


Copenhague (Dinamarca)

Amsterdã (Holanda)

Nova York (Estado de New York)

Paulo Nogueira


Você mede hoje o avanço social de uma grande cidade pelas bicicletas.

Quanto mais ciclistas, mais avançada.

Copenhague e Amsterdã são modelos mundiais.

Londres, Nova York e Paris se empenham tenazmente para aumentar o número de bicicletas nas ruas e reduzir o de carros.

São Paulo, miseravelmente, ficou para trás, por conta de administrações ineptas.

E quando aparece enfim um prefeito disposto a corrigir um atraso humilhante ele é recebido não com aplausos – mas com uma camada selvagem de resistência.

Um dia vamos tentar entender como São Paulo se tornou uma cidade tão infestada de pessoas que abominam inovações e mudanças.

O túmulo do samba se converteu no túmulo das novidades.

Haddad não inventou a roda. Estava na cara, quando ele assumiu a prefeitura, que o maior drama da cidade era a mobilidade.

Se antecessores como Serra e Kassab não viram isso é porque a incompetência deles é desumana.

Haddad viu, portanto, o óbvio.

E agiu.

Sob o estímulo de uma mídia cujo cérebro estacionou no século passado, os donos de carros começaram a criar problemas sobre problemas.

Ciclovia da Avenida Paulista : inauguração foi neste domingo dia 28 de junho




INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante a inauguração da ciclovia na Avenida Paulista.


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA






Alguns ciclistas também carregaram balões brancos  em homenagem às vítimas da violência no trânsito


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA






Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade


Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade


Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade











Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade










A Paulista de hoje como símbolo da cidades das gentes

Renato Rovai

Há tempos a Avenida Paulista não ficava tão bonita. Tão sorridente. Tão inclusiva. Tão festiva. Tão charmosa. Tão ativista. Tão avenida Paulista que encanta gente de todos os cantos do Brasil e do mundo.

Nas disputas de cartão postal, os paulistanos sempre a elegem.

Preferem uma avenida a um monumento como o seu sonho feliz de cidade.

Gostam daquele amontoado de rostos diferentes, daquele prédios envidraçados, dos cinemas, dos bares com mesas na calçada, das vitrines e agora dos artistas de ruas e dos ambulantes com seus food trucks, que ampliaram ainda mais a afetividade das grandes calçadas.

Mas agora, no meio da Avenida símbolo tem uma ciclovia. Que a corta inteira, como uma flecha. Que lhe apresenta uma nova veia, uma nova artéria, no coração da cidade.

É um símbolo. É simbólico.

As disputas são simbólicas e aglutinam ou separam as pessoas a partir de valores.

Quem quer a cidade dos carros, pode ficar do lado de lá.

Quem quer a cidade das gentes, por favor, venha paulistear.

Foi assim hoje.

A Paulista ficou linda, como há muito não ficava.

Tinha senhoras e senhoras,bebês, moços e moças. Tinha mesa de pingue-pongue, skatistas, patinadores e corredores. Tinha grupo de cadeirantes, palhaços, músicos e vendedores. E tinha muitos cicloativistas também.

A Paulista ficou azul, vermelha, amarela, cor de anil.

E até teve gente daquele tal MBL que foi lá pra vaiar a Paulista do jeito que ela estava. Porque a felicidade dos outros tem o potencial de irritação muito alto para alguns.

Mas é essa a disputa que vale a pena.

É a disputa por cada pedaço de uma cidade que é de concreto, mas que tem poesia.

E que precisa ser encarada.

Sem meias-palavras. Sem tantas concessões. Sem fazer de conta que não há disputa.

A Paulista não é a rua de alguns. É o símbolo sempre eleito pelos paulistanos.

Disputá-la e transformá-la é um caminho para a reconstrução desse sonho feliz de cidade.



Ciclovia: contra, só a classe média que não quer o avanço




São 261 mil ciclistas na capital paulista. De acordo com pesquisa do Ibope em 2014, em um ano, o número de paulistanos que usam bicicletas como meio de transporte cresceu 50% na cidade.

O aumento de usuários coincide com a construção de ciclovias em vários pontos da metrópole. Até 2013, havia 64,7 km de ciclovias e 34 km de rotas na cidade, quantidade inferior quando comparada a outras metrópoles, como Rio, Bogotá, Nova York e Berlim.

Com a eleição de Fernando Haddad (PT-SP), que prometeu construir 400 km de ciclovias até o fim do primeiro mandado em 2016, São Paulo tem atualmente 323,6 km de vias destinadas aos ciclistas.

Desde junho de 2014, foram inaugurados 224,9 km de vias destinadas ao meio de transporte.

Ainda segundo a pesquisa, 88% dos paulistanos apoiam as faixas exclusivas, que reduziram o tempo gasto no trânsito pelos usuários.

Na última semana, o Conversa Afiada foi às ruas de São Paulo ouvir os principais personagens envolvidos na questão, que relatam o que mudou em suas rotinas com o uso de uma das bandeiras da candidatura do prefeito Haddad.





Postado no Conversa Afiada em 24/05/2015



Lá fora pode !



Para cada dólar gasto com a construção de ciclovias, as cidades podem economizar até US$ 24, graças à redução de custos com saúde, poluição e tráfego, de acordo com um estudo divulgado por pesquisadores da Nova Zelândia para a revista norte-americana científica Environmental Health Perspectives, do Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental.


Ciclistas criam “memes” ironizando críticas às ciclovias


As críticas às ciclovias por uma parcela da população têm sido recorrentes, principalmente em São Paulo. 

Muitas vezes são feitas com argumentação bastante rasa, ou focando em problemas pontuais que ocorrem em ciclovias no mundo todo, mas que nem por isso invalidam a política cicloviária das cidades que as implantaram.

Cansados de explicar a importância de uma política de proteção ao ciclista em discussões de internet que não levam a nada, ciclistas começaram a criar uma série de memes com fotos de ciclovias de outros países, junto a críticas que costumamos ouvir por aqui e um contraponto de elogio à estrutura estrangeira. 

Ao mesmo tempo em que satirizam a argumentação anticiclovia, essas brincadeiras mostram que a política cicloviária comumente elogiada em outros países é vista aqui como retrocesso, falta de planejamento e desperdício de dinheiro com “obras inúteis”.






























Postado no Vá de Bike em 15/05/2015


Ciclistas protestam contra paralisação de obras de ciclovias em São Paulo






Uma gigantesca bicicletada na Avenida Paulista, que alcançava o Paraíso e a Consolação simultaneamente, e mais outras bicicletadas em várias outras cidades brasileiras e do mundo apoiando as ciclovias paulistanas, acabaram pressionando o judiciário e anular a liminar dada a pedido do Ministério Público Estadual de São Paulo, que impedia a Prefeitura de São Paulo a continuar construindo ciclovias. 

Trata-se de uma enorme vitória da vontade popular frente aos interesses políticos da velha imprensa e à judicialização da política no Brasil. 

A maior vitória está na enorme possibilidade de aumentar a qualidade de vida para milhões de pessoas em São Paulo.


Postado em DocVerdade em 29/03/2015







E na maior cidade do Brasil... Boicote ao futuro na contramão de países desenvolvidos !




Londres : projeto de ciclovia para o futuro


Empresa cria projeto que prevê ciclovias por cima das linhas de trem em Londres


Esqueça o hoverboard e os carros voadores: as bicicletas já estão entre as mais cotadas no quesito meio de transporte do futuro. Ecológicas e econômicas, elas facilitam o transporte individual sem gerar danos ao meio ambiente. Mas ainda há muito o que melhorar quando se trata das condições de trânsito oferecidas aos ciclistas.


Foi pensando nessa questão que a empresa Foster + Partners criou a ideia de uma ciclovia que passasse por cima das linhas de trem em Londres. Chamado de SkyCycle, o projeto supõe a construção de 220 quilômetros de ciclovias na cidade, projetadas sobre o caminho das linhas de trem suburbanas. Para facilitar o acesso, a ciclovia teria mais de 200 entradas, em diferentes pontos.



O projeto poderia beneficiar as quase 6 milhões de pessoas que vivem na região. Cada uma das rotas previstas teria capacidade para acomodar até 12 mil ciclistas por hora, fornecendo uma alternativa segura de transporte para estas pessoas. Por enquanto, a Foster + Partners ainda está apresentando a ideia para empresas e investidores interessados. Mas fica a ideia, que poderia (e deveria!) ser replicada em muitas outras cidades do mundo:



Enquanto isto no Brasil : boicote à ciclovia em São Paulo


A gafe da Globo ao demonizar a "tinta vermelha" da ciclovia na Av. Paulista


A "tinta" da ciclovia da Avenida Paulista escorreu para o asfalto? Matéria veiculada na Rede Globo recheada de inverdades e desinformações faz escândalo em torno da questão. Resta saber se a repórter estava despreparada ou se houve proposital má intenção na abordagem.


tinta ciclovia repórter globo


Willian Cruz, originalmente publicado em Vá de Bike

Uma matéria do jornal SP TV da Rede Globo, no sábado 28 de fevereiro, afirmou que o asfalto da Av. Paulista, em São Paulo, teria sido manchado pela tinta da ciclovia que está sendo construída no local. “A tinta deveria pintar a ciclovia que está sendo feita no canteiro central”, afirma o âncora ao abrir a matéria.


A reportagem mostra então um motorista dizendo ser ridícula a situação e outra moça preocupada com o carro que ficaria manchado de vermelho. A repórter entra explicando que “a tinta é para demarcar a ciclovia que vai funcionar no canteiro central da Avenida Paulista” e afirma que na parte da tarde havia funcionários pintando o trecho mostrado na imagem. “Com a chuva, a tinta escorreu, deixando tudo vermelho”. Mais gente entrevistada dizendo que foi um desperdício de dinheiro, que foi um problema estratégico, que não houve “nenhum tipo de planejamento”. A matéria ainda usa novamente o termo tinta.



O âncora encerra dizendo que a situação é “inacreditável” e esclarece que a CET iria enviar um caminhão pipa com água de reuso para limpar a avenida que a “a pintura vai ser refeita”. E encerra falando sobre o desperdício de tinta.

Mas a moça que se preocupou em estragar o carro pode ficar tranquila: aquela coisa vermelha que pode ter aderido à lataria sai com água sem deixar rastro. Na verdade, sai até com a mão depois de seco. Isso porque…



Não era tinta


A ciclovia da Av. Paulista não está sendo pintada. Nem um pingo de tinta foi aplicado até o momento.



O pavimento está sendo feito com concreto pigmentado, ou concreto tingido. Ou seja, ele já vem na cor certa, não há aplicação de tinta. O pigmento vermelho é aplicado ainda na betoneira, que ao ser misturado ao concreto lhe confere a coloração adequada. O mesmo processo foi utilizado nas ciclovias da Av. Faria Lima e da Av. Eliseu de Almeida.

Na foto que abre essa matéria (registrada um dia antes da reportagem da TV) é possível perceber que o que é vermelho é o próprio concreto. Perceba ainda, ao fundo, parte dele coberta com um plástico, justamente para evitar que a chuva o estragasse. Provavelmente, no dia seguinte o concreto já estivesse em processo de “cura”, não necessitando mais do plástico. Mas como sempre sobra material em forma de pó na superfície ou nas laterais, fora da área da laje, a chuva (que não foi pouca) dispersou esse pó.

O que escorreu para a avenida foi, portanto, pó do concreto vermelho. Não foi tinta. A tinta só será usada em um estágio final da ciclovia, na etapa de sinalização, e nas cores branca e amarela. Esse pó que apareceu sobre o asfalto sai com água, até mesmo com a água da próxima chuva.

E por que então tanto escândalo foi feito em cima disso? Foi um vacilo da repórter, que não soube apurar corretamente a situação no local e acabou fazendo a redação dar essa “barrigada”? Ou a abordagem foi intencional, com a ciência de que não havia tinta alguma ali, com o objetivo de gerar críticas à ciclovia da Avenida Paulista? Você decide. Se quiser assistir ao vídeo, clique aqui.


Vale lembrar que o projeto, disponível na internet há meses e ao qual a emissora também tem acesso, cita que o pavimento é feito de concreto pigmentado.



tinta ciclovia são paulo

Concreto pigmentado também foi utilizado na Ciclovia Pirajussara, na Av. Eliseu de Almeida. 

Foto: Willian Cruz





Ciclovia em São Paulo