O assunto deste livro é, realmente, interessante? Parece que sim pois já vendeu 40 milhões de exemplares! Será?





Você leu 50 Tons de Cinza?

O assunto de hoje tem a ver com aquele objetivo de fazer do Brasil um país de leitores, afinal parece que de tempos em tempos a ideia dá certo e todo mundo começa a ler um livro… Estranho.


Eu não gosto muito de ler ficção, sou uma leitora bem ativa, mas normalmente me atenho aos corredores de política, economia, biografia e gastronomia, já que eu sou uma pentelha que gosta de praticar a vida real 100% do meu tempo livre. Mas na época que eu trabalhei em livraria, aprendi que livro algum faz mal e quanto mais a gente puder ler, melhor!

Então sempre que esses livros surgem quase que do nada e conquistam públicos tão gigantes, que eu acabo lendo pra saber qual é. Foi assim com a saga Crepúsculo (não me crucifiquem), foi assim com As Verdades Politicamente Incorretas e não poderia ser diferente com Fifty Shades of Grey, primeiro volume de uma trilogia, que chegou em português às livrarias no dia 1º de agosto, com o título 50 Tons de Cinza e pela editora Intrínseca (que sempre foi minha editora favorita).




O livro da moda é a estreia literária da inglesa E L James — uma ex-executiva da TV londrina, mãe de dois filhos adolescentes, aparentemente inofensiva e recentemente eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time —, a trilogia teve direitos de publicação adquiridos por 37 países em leilões disputadíssimos.

Os livros Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons mais escuros e Cinquenta tons de liberdade serão adaptados para o cinema pela Focus Features, da Universal Pictures — os direitos foram comprados por um valor recorde de US$5 milhões e a Emma Watson é uma das possíveis atrizes para interpretar a mocinha da trama.

Quando eu tive contato com os números pela primeira vez, achei que fosse alguma coisa sobre uma nova criatura, afinal vampiros já caíram na monotonia e a vida real parece não ganhar mais o coração de jovens adultos, como antes, porém para o meu choque e desespero a trilogia trata apenas de… Sexo e sadomasoquismo.

A estorinha narra a relação entre uma recatada jovem de 22 anos que acaba de se formar na faculboate e um enigmático (e maluco) empresário. Estimulada a desafiar seus limites e preconceitos, Anastasia Steele contrapõe a irresistível atração que sente por Christian Grey — um bilionário muito charmoso, brilhante e, ao mesmo tempo, intimidante — às singulares exigências sexuais que ele impõe, a começar por um contrato assinado que permite a Grey o controle completo de sua vida. É tão engraçado pensar que as revistinhas Sabrina existem há décadas e agora pagam 5 milhões de dólares para lançar um filme cujo roteiro é tão parecido.

Agora vamos aquela parte que não interessa tanto, mas é o que faz a internet acontecer: opiniões pessoais!

Vi no Twitter que a Kah está detestando o livro e comigo não foi muito diferente. Assumo que provavelmente irei acabar de ler a trilogia inteira porque não tenho mais nada pra fazer, mas vale ressaltar também que caso me convidem para encher bexigas de uma festa infantil, essa atividade substituirá tranquilamente a leitura da série.

Eu não tenho interesse em ler a experiência sadomasoquista alheia e tampouco deixaria minha filha adolescente ler, mas cabe a você mamãe e adolescente dona do próprio nariz, decidir o que prefere.

Não tem nada de errado, de anormal ou de tabu em fazer sexo com um homem mais velho e milionário em meio a correntes e outros objetos esquisitos, ninguém vai julgar você.

Só me espanta a quantia de pessoas que estão interessadas por isso nesse exato minuto e que consideram este o assunto mais legal das suas vidas no ano de 2012.

Gosto de livros que me ensinem coisas e, por mais que o mocinho da história tenha tido problemas na infância para agir de forma tão tirana com a mocinha, não acredito que a lição de vida contida vale a leitura. Leia apenas se você quiser… Levitar em uma nuvem de paixão tórrida, digamos assim.

Eu sou muito tradicional no que diz respeito a esses assuntos, o mais perto que eu deixo uma festa fetichista chegar da minha casa é no episódio de A Liga e mesmo assim se eu estivesse na casa da minha mãe, com meu irmão pequeno, não assistiria.

Porém talvez você esteja solteira, ocupada demais para flertar ou de férias num iceberg, nesse caso a leitura da trilogia 50 Tons de Cinza é mais do que recomendada para passar o tempo, aquecer o coração e ficar viajando sobre como você gostaria que estivesse a sua vida sexual ultimamente (ou não).

Mas não se engane: se o que você realmente quer é literatura erótica, leia Mario Vargas Llosa, além de ser mais interessante e sedutor já ganhou prêmio Nobel.


Claro que tudo isso é a minha opinião, estou apenas contanto como foi a minha experiência com o livro e toda a repercussão que ele teve. E se você ficou curiosa, vá em frente, compre e leia, porque milhares de garotas já me falaram que adoraram e não tiro o crédito delas, afinal não dá pra negar quando uma autora realiza um feito editorial do tamanho desses: ela tá de parabéns!

Nos Estados Unidos, os resultados de venda já são tão eletrizantes quanto a narrativa do thriller romântico de E L James: é a primeira escritora da história a ter três de seus livros com vendas superiores a 100 mil cópias em uma mesma semana.

Desde março sua apimentada trilogia já acumulou 31 milhões de exemplares vendidos apenas em língua inglesa, número que faz da série um dos maiores best-sellers de todos os tempos. Aqui no Brasil, o primeiro volume já é encontrado em todas as livrarias e os dois próximos já estão em pré-venda.

Nota da Kah: Eu estou na metade do primeiro livro, comprei o box em inglês com os 3 livros. Até agora, concordo com cada palavra da Helo e da Tati em gênero e grau.












Heloísa Dela Rosa tem 21 anos, vive em São Paulo e já fez um pouco de tudo. É formada em design de produto e trabalha com redação publicitária. Contato: helodelarosa@gmail.com



Postado no blog Helo Dela Rosa em 23/08/2012


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